Após a avaliação do Mapa da Cadeia de Suprimentos e entendimento dos Riscos inerentes a estas atividades, dedicar tempo e atenção a para definir as melhores estratégias é um passo fundamento para o sucesso do negócio.

Com a visibilidade da demanda e comportamento do consumidor é possível identificar de forma mais precisa e prever a Demanda Futura. Ao mesmo tempo que é possível gerenciar e planejar de forma mais adequada o tempo de reposição (TR) dos itens a serem estocados.

Muitas empresas acreditam ainda, que a melhor forma de não perder venda é ter estoques elevados, tanto na Indústria como nos atacados, distribuidores e varejistas. O trade-off desta questão parece que ainda não foi compreendido por muitos.

Na Prática evidenciamos e analisamos algumas estratégias para facilitar a compreensão do quanto é importante entender e definir o melhor caminho para o negócio através da gestão estratégica do Supply Chain. Obviamente cada negócio possui particularidades que levam a definir a melhor estratégia, sejam por questões financeiras, características de demandas, oportunidade de utilização de modal de transporte, como também, especificamente no Brasil, por questões tributárias.

A melhor combinação das estratégias abaixo ditará o ritmo do resultado de cada negócio. Por isso farei alguns comentários sobre cada uma delas:

• Estratégias de Estoques:
  o Definir parâmetros de níveis de estoque está diretamente associado a

sua capacidade de prever a demanda e o Tempo de Reposição dos itens. O não entendimento e alto grau de assertividade nestes quesitos podem levar a ruptura do estoque (consequente não venda, perda do cliente, alto custo de reposição) como pode levar ao excesso do estoque (perda obsolescência ou shelf life curto, alto custo de movimentação e armazenagem, fluxo de caixa comprometido, entre outros).

Estratégias de Compras:
o Definir o melhor formato de fornecimento faz parte deste quesito.

Comprar para estocar? Definir Contratos de Reposição? Utilizar Consignação? Comprar apenas após a venda ter siso efetuada?

o As questões sobre compras precisam ser compreendidas dentro do processo da Cadeia para possibilitar o perfeito andamento dos ciclos de atividades sem ruptura de processos. Desenvolver fornecedores ou internalizar a produção também passam por

Estratégias de Transportes:
o Um fator relevante neste contexto foi o que aconteceu no ano de 2018

com a greve dos caminhoneiros. Ficou evidente, para os que não visualizavam, a dependência de nosso país sobre o modal rodoviário. Ao mesmo tempo que impulsionou nos últimos meses o crescente uso da Cabotagem no país.

Estratégias de Distribuição:
o A centralização dos estoques na Indústria ou em Centros de Distribuição

comumente tem mostrado resultados muito significativos para as empresas, pois evita o faturamento antecipado para o destinatário, melhorando o fluxo de caixa das organizações evitando o custo antecipado com tributos, transportes e movimentação.

Desta forma a combinação ideal de todos estes pode trazer resultados extraordinários conforme apresentado no Case abaixo:

Um de nossos clientes já neste ano de 2019, conseguiu alinhar uma boa combinação de todas estas estratégias e conseguiu a seguinte transformação:

Informação Gerencial / Indicador

Estoque Médio Mensal

Tempo Médio de Ressuprimento

Ruptura do Recebimento

Ruptura de Venda

Venda Média Mensal

Antes do Projeto

R$ 36.500.000,00

18 dias

28%

35%

R$ 16.800.000,00

Depois do Projeto

Acurácia do Estoque

92,70%

R$ 27.950.000,00 Entrega Programada 4%
2%
R$ 19.500.000,00 99,50%

Este é apenas um caso onde definir as estratégias de Estoques, Compras, Transportes e Distribuição quando estão perfeitamente alinhadas, podem trazer ganhos significativos para as organizações.

Neste caso as soluções implantadas foram bastantes simples e os resultados foram fantásticos. Fazer o que é simples e básico ainda é um grande desafio para as empresas Na Prática. E Na Prática, fazer bem feito o básico parece óbvio, mas para muitas empresas não é.